Nossa, que maravilha! Mais um dia de escola. Levantei e me olhei no espelho, meus cabelos castanhos pareciam um ninho de rato, as olheiras escuras demarcavam meus olhos tirando toda a atenção da cor azul deles.




Troco de roupa e penteio meus cabelos, realmente desde que a escola começou isso já virou rotina. Desci as escadas correndo, tropeçando aqui e ali. Assim que entrei na cozinha senti o cheiro de ovos e bacon fritos.




– Ah, oi querida - me cumprimentou mamãe - eu fiz ovos, seu preferido.




Comi saboreando o gosto e me despedi da minha mãe. Quando cheguei no ponto de ônibus percebi que faltava meia hora para ele chegar. Peguei minha revistinha do Homem de Ferro. Não me leve a mal, eu não gosto dele em si. Só da armadura.




Um tempo depois embarquei, não antes de ver um homem me observando, ele parecia e muito com o Fury da revistinha.




Ignoro esse fato e sento na janela. O ônibus andava rapidamente. Quando cheguei na escola fui surpreendida por Amanda, caminhando de mãos dadas com Patrick.




– Finalmente, hein? - Pergunto sorrindo maliciosamente.




– Não sei do que você está falando... - Disseram juntos.




Dei uma risadinha. Eles estavam enrolando para ficarem juntos desde o 1º ano do E.M.




Ficamos conversando, até que bate o sinal e vamos para a sala de aula.




Chegando lá, Melody, a "rainha" da escola, se aproximou toda metida.




– Olá perdedora.




– Oi.




– Sabe eu achava que burro só existia na fazenda.




– Olha que coincidência eu achava que vaca só existia na fazenda.




Então ela tentou ,e dar um soco que eu desviei. Quando ela tentou me acertar outra vez eu segurei no seu braço e a derrubei.




Sorri abertamente e ela me mandou um olhar cruel. Nesse momento o professor chegou e deu início a aula. O resto do dia foi maçante.




Quando cheguei em casa, percebi que faltavam muitos alimentos. Passei no supermercado e vi novamente o homem me observando. Ele se aproximou e perguntou:




– Você deve ser Pollyanna Broone, não?




– Sim. Quem é você?




– Prazer meu nome é Fury. Nick Fury.




Lembrei de James Bond agora. Percebi que sim, ele era igualzinho ao Samuel L. Jackson. Que por acaso é o ator que faz o Fury, o nome do cara na minha frente. Parecia uma pegadinha. Mas não podia ser. O homem era tipo igual ao Nick tanto na aparência quanto nas atitudes.




– Tudo bem - falei fracamente - só falta você dizer que quer que eu entre nos Vingadores.




– É por isso mesmo que eu vim aqui. - Me entregou uma pasta, que continha fotos do Hulk, Capitão América, Thor, entre outros. Era demais para a minha cabeça. Por um lado era perfeito saber que eles existiam de verdade, e por outro era muito estranho saber que as pessoas que eu julgava só existirem em quadrinhos e filmes estão por aí. Olhei pela janele e vi que já era noite. Então pensei "Ah, ******".




– Então aceita? - Não era muito difícil saber a resposta.




– Sim. Com certeza.