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  O Anel de Noivado — Capítulo 02 ∞ A promessa ∞ Pt. II [+18]

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31072013
Mensagem O Anel de Noivado — Capítulo 02 ∞ A promessa ∞ Pt. II [+18]

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 O Anel de Noivado — Capítulo 02 ∞ A promessa ∞ Pt. II [+18] Capa_283984_1374491222

Tema do Livro:
Saga Crepúsculo

Gêneros:
Drama, Angst, Amizade,

Clique aqui para ver as Informações Iniciais:



Me assustei quando eu o vi me guiar para um elevador que era totalmente escondido, mas completamente luxuoso. Assim, rapidamente, após a porta do mesmo se abrir, o vi retirar do bolso de sua calça uma chave mestra que tinha, em detalhes em tungstênio, uma vez que era prata, um trevo de quatro folhas. Quando nos colocamos dentro daquele lugar, rapidamente ele depositou a chave em seu suporte no painel; mas se ele tinha a intenção de usar aquele elevador e ainda usar a chave mestra, era porque, de fato, não queria ser interrompido.
Meu corpo pareceu reagir aquilo como se eu fosse parte de uma música do Entwine. Basicamente, me senti parte de Still Remains: uma pedra. Entretanto, James era capaz de desmoronar tudo aquilo em instantes.
Sua mão direita agarrou firmemente os fios de meu cabelo pela nuca de uma forma violenta, mas que me deixou ainda mais atraída, e tomou meus lábios com o seus com a mesma rapidez com se aproximou de mim. E eu senti-o quente, tal qual fora no carro, e, definitivamente, com aquilo, sai do meu estado de pedra, e eu comecei a reagir a ele como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. Essa era a diferença entre James e os outros rapazes que eu conhecera: ele destilava confiança e me fazia sentir confiança no que fazia também; para mim, aquilo não era errado – dormir com um cara na primeira noite em que saí com ele.
Assim, com sua mão livre, senti-o levantar levemente a minha saia do vestido, em busca de minha perna, para que esta envolvesse sua cintura. Mas assim ele segurou um item há muito esquecido naquele lugar e envolveu-o rapidamente com seu dedo indicador. Assim, ele separou o nosso beijo árduo e soltou-me, dizendo, com sua voz rouca em minha orelha, logo em seguida:
— Estou louco para retirar sua cinta-liga desde o momento que a senti, ainda no Teatro. Sou louco por garotas com cinta-liga…
Aquilo fez um arrepio subir por minha espinha e me deixou praticamente sem reação; entretanto, as reações dele eram suficientes para me guiar. Ele agachou-se a minha frente e passou a minha perna por seu ombro. Eu quis xingá-lo de filho da **** descarado naquele momento, mas eu estava em êxtase com aquilo; meu corpo reagia àquela ação da pior maneira possível – ou talvez fosse a melhor, mas naquele momento, eu não soube distinguir muito bem, pois meu corpo, a maior parte das vezes, falseava. Eu tinha certeza de que aquele era um êxtase temporário de ambas as partes e que logo aquilo tudo estaria acabado; cada um iria para seu lado e não tornaríamos a falar sobre isso – éramos colegas de trabalho: aquilo não teria futuro para nós.
Senti quando o elevador parou, provavelmente no andar dele, mas ainda assim ele observava a minha perna e aquela cinta-liga por mais alguns segundos, passeando o dedo polegar e o indicador por ali. Enfim, sem mais delongas, aproximou sua boca daquele item e deslizou-a até minha panturrilha quando a minha perna repousou sobre sua coxa. Com aquilo, eu estava literalmente pronta para ele.
Seu olhar me derreteu por inteira quando ele tornou a ficar em pé, para me observar ligeiramente e me guiar até seu apartamento. Eu vi o desejo exalando daquele homem, mas isso me fez argumentar comigo mesma se aquela reação acontecia com exatamente todas as mulheres que ele tivera em mãos.
Ao abrir a porta do elevador, ele enlaçou, com agressividade, a minha mão e logo percebi que estávamos em um hall acarpetado em madeira e que aquele apartamento era o único do andar. Eu estremeci com aquilo.
— Não farei com você nada que não queira, Tanya — ele disse antes de abrir a porta de seu apartamento, com sua voz rouca, mas ao mesmo tempo aveludada, em minha orelha novamente, o que me fez estremecer. Assim, antes de me guiar porta adentro, segurou com firmeza a minha cintura com sua mão direita, fazendo-me arquejar alto, e continuou: — Agora é sua hora de decidir se vai ficar ou vai embora. Não gosto de ninguém com o pé atrás quando está comigo.
Ele notara? Notara meu medo? Notara a minha insegurança?
Fazia certo tempo que um homem não me tocara porque eu sempre colocara um empecilho, evitando que eles se aproximassem de mim antes mesmo que eles se apresentassem. Mas James esteve disposto a quebrar a minha barreira sólida de proteção e ali, em frente ao apartamento dele, nós estávamos. E ficar ali, rígida como uma pedra, pareceu ser um sinal positivo para ele: James apertara com mais firmeza a minha mão e me guiara apartamento adentro, fechando a porta atrás de nós, sem delicadeza alguma.
Senti o frio percorrer novamente a minha espinha quando ele me prensou contra a parede e tornou a me beijar de uma forma ainda mais quente que anteriormente fez. Seus lábios percorreram meu pescoço e minha clavícula também, o que me fez sentir que eu estava me entregando a pessoa certa no momento correto. Daquela forma, as minhas mãos se guiaram rapidamente para o seu paletó, abrindo todos os botões daquela vestimenta com a mesma velocidade em que ele começou a deslizar o zíper de meu vestido. Mas àquela altura, eu já não me importava se seria vulnerável a ele.
Quando meu vestido já estava no chão, ele me guiou para o sofá de sua sala, ampla o suficiente para eu me perder caso eu desistisse de tudo. Eu não tinha tempo a perder e observar todos os detalhes daquele ambiente, mas ele estava pouco iluminado, o que tornaria a minha fuga ainda mais impossível.
De repente, após me deitar sobre seu sofá, ele abriu o fecho de meu sutiã e o mordiscou com violência. Aquilo me deixou ainda mais vulnerável a ele e eu o senti com um toque de sadomasoquismo; naquele momento, caso ele optasse por utilizar tal artificio, eu não me importaria, sinceramente. Seu corpo me deixava inteiramente tépida e deteriorava qualquer medo que eu fosse capaz de ter dele.
Eu senti que ele não teria dó de mim àquela noite quando fitei seus olhos azuis ao longe, quando ele se ergueu e abriu sua camisa e deslizou-a até que a mesma caísse no chão e, em seguida, tirou os sapatos, as meias e a calça, deixando-se estar apenas com a cueca boxer branca, que parecia muito apertada para ele, de tão rígido que ele estava. Aquilo me deixou ainda mais excitada.
Quando voltou, ele não sentiu nenhum pouco de dó de mim: abriu minhas pernas e notando que eu estava completamente molhada, fez-me sentar sobre ele, o que me deu uma ampla noção do quão nós estávamos excitados. Daquela forma, ele afastou a lingerie que eu usava e tirou seu membro da proteção proporcionada por sua cueca, penetrando-me demoradamente, sentindo o quão apertada eu era; ele era grande demais para mim, mas mesmo que aquele movimento me deixasse dolorida, eu apertei fortemente seus fios de cabelo com as duas mãos enquanto, com mais cuidado, ele me adentrava, percebendo que apesar de dolorida, eu continuava excitada.
Gemi alto quando o senti completamente dentro de mim e fui obrigada a olhar para James quando tal ato aconteceu. Seus lábios estavam em meu pescoço naquele momento, mordiscando-o e chupando-o demoradamente enquanto eu começava a cavalgar sobre ele. Isso só o deixou ainda mais excitado e eu pude senti-lo ainda mais rígido dentro de mim; talvez tenha sido isso que o fez irritado, pois ele fez-nos desfazer daquela posição e tornou a me deitar sobre aquele sofá, para que eu o sentisse entrar e sair de mim com rapidez, o que me deixou ainda mais relaxada.
Não parou por ai. Em seguida, o senti jorrar dentro de mim – situação a qual se seguiu com um gemido. Apesar disso, nós não estávamos suficientemente satisfeitos. Fora rápido demais, mas pressenti que, para James, aquilo era somente o começo de tudo.
Ele tomou-me em seus braços rapidamente, tornando a voltar minha lingerie ao seu lugar, e fez-me enlaçar sua cintura com as minhas pernas, enquanto ele nos levava para um ambiente totalmente diferente daquele que estávamos. Seguimos por um corredor escuro enquanto o sentia ficar enrijecido novamente sob mim; foi quando percebi que ele nos guiava para um quarto, pouco iluminado também – o que foi logo agraciado com o fato de haver abajures ao lado da cama queensize –, e colocou-me delicadamente sobre o colchão amplo, antes de sentar-se aos meus pés.
James começou mais delicadamente que outrora: seus lábios quentes e úmidos começaram a percorrer um caminho aparentemente imaginado por ele, iniciando-se a partir da ponta dos meus pés e parando, vez por outra, no meu joelho e na minha coxa, até chegar, por fim, na minha barriga, parando, ali, definitivamente, para mordiscar-me. Com isso, eu senti uma onda de sensações diferentes me percorrerem. Então ele tornou a ser agressivo novamente: com seus dentes, pegando a lateral da minha calcinha, a única lingerie que me sobrara, deslizou-a até que a mesma chegasse aos meus joelhos, e tornou a voltar ao mesmo lugar sem tal item para que, com dois de seus dedos da mão esquerda, me penetrasse.
Senti-me completamente úmida quando ele recomeçou seu caminho de vai-e-vem dentro de mim, sendo tomada por todo e qualquer tipo de desejo que um dia existira em minha mente. Ele me completava de uma forma que eu não fora completa em nenhum outro momento de minha vida.
Eu estava completamente entregue a ele naquele momento.
Seu membro estava novamente enrijecido quando adentrou-me novamente, mas eu sabia que daquela vez ele demoraria para gozar novamente. Não para ele, ao menos: eu estivera guardando o meu momento e em instantes, eu sabia, estaria pronta para chegar a mesma situação a que ele chegou rapidamente.
Não demorou, de fato: senti meu corpo corresponder a minha vontade e ele me fez mudar de posição, voltando aquela que havíamos praticado no sofá, talvez na tentativa de me fazer esperar por ele; eu não iria aguentar, entretanto.
O sorriso canalha estava em seu rosto novamente. Logicamente, eu sabia que ele tinha mais prática no quesito sexual que eu e isso me tornava vulnerável aquele sujeito; eu estava entregue tal qual uma escrava ao seu senhor. Infelizmente, pensei naquele momento, eu sou a escrava dele; a escrava sexual dele.
— E-eu — eu falei entredentes.
— Não! — ele disse, totalmente seguro de si e isso me deixou enervada.
Então, James tentou uma coisa que eu estaria sempre disposta a negar. Ao tentar mudar de posição, ele quis me fazer uma penetração anal. Isso congelou todos os meus músculos naquele momento, fazendo-me querer empurrá-lo para longe, sem ter muito sucesso. Aquilo não era para mim, definitivamente, e eu não queria relembrar tudo novamente – era muito para a minha pessoa.
Quando ele percebeu o quão irada eu estava, ele parou de fazer suas tentativas e deixou que eu saísse de minha posição. O meu medo deixara o meu desejo de lado e eu me afastei prontamente dele, ficando em pé ao lado da cama prontamente; o pior foi o fato de ele não ter entendido nada do que aconteceu.
— Tanya?
— Se afaste de mim — eu o respondi asperamente e, possivelmente, estava vermelha, pois sentia minhas bochechas arderem de tanta raiva que sentia de mim – por ser tão vulnerável – e dele – por ser tão manipulador. — Não encoste mais nenhum dedo em mim, Gigandet — seu sobrenome saiu cuspido por minha boca, enquanto eu lhe dava as costas e seguia em direção a sala.
— Eu não estou entendendo. Foi o que eu fiz? — ele falou, entredentes, aparentando raiva também – só não consegui distinguir se era de mim ou dele.
— Não quero que entenda nada — respondi. — Não há nada para ser entendido, James.
Ele parou a minha caminhada até a sala ao pegar o meu cotovelo com uma de suas mãos, obrigando a me virar para ele e me fazendo sentir totalmente vulnerável de novo. Se antes eu já sentia o ódio dentro de mim crescer, me senti ainda pior com o movimento brusco dele.
— Você está chorando? — perguntou-me e, assim, tão somente, percebi que o que ele falara era um fato consumado. Os dedos de sua mão livre passeou por meu rosto, secando as lágrimas que por ali passeavam. — Me desculpe…
Ele não tinha mais nada a me dizer, eu senti. Mas pela primeira vez naquele homem, senti que suas palavras eram verdadeiras e que eu o devia uma explicação.
Não tem nada a ver com você — eu o respondi, ouvindo minha voz rouca por conta do meu choro.
— Você não me deve explicações — James me falou, tão logo, e eu senti meus ombros serem enlaçados por seus braços fortes, em um abraço. — Vamos fazer o seguinte: você não precisa ir embora; fique aqui esta noite e eu não iriei incomodá-la – esta noite, eu dormirei no sofá.
Acho que a sua cama é grande o suficiente para que possamos dormir nela sem encostar um no outro — eu disse, ainda sentindo as lágrimas percorrerem meu rosto e sentindo, também, algumas dela rolarem por meu pescoço, secando por ali, ou continuando por mais um curto caminho, até secarem em minha clavícula. — De qualquer forma…
— Apenas fique — ele protestou, soltando-me de seu abraço, por fim, e colocando seus dedos sobre meus lábios, para me calar. — Eu me decido sobre isso depois.
Dessa forma, James me guiou até seu quarto novamente, após colocar-se atrás de mim e apertar firmemente o meu ombro direito. Assim, ele me fez deitar em sua cama e trouxe o edredom, que estivera anteriormente na ponta da cama, para me cobrir; ato o qual eu praticamente dei de ombros por continuar chorando mesmo sob o ato dele, de querer me aconchegar após deitar-se a minha frente para acarinhar o meu rosto. Eu sabia que nada daquilo, por fim, adiantaria, quando eu estava com o sentimento irredutível de fracasso quando eu raramente me sentira assim.
Então eu dormi quando senti minhas pálpebras pesadas o suficiente para eu continuar observando-o me acarinhar. Naquele meu desespero, eu pensei ouvir palavras que eu não poderia ter ouvido, ainda mais partindo da pessoa que me acompanhava aquela noite, sendo estas ainda piores por estarem relacionados a algum tipo de sentimento; aquilo era impossível, ainda mais partindo de James – ele era frio demais para se envolver em um relacionamento amorosamente falando. De todo modo, tive uma noite sem sonhos ou pesadelos, pois estava com a consciência pesada demais para pensar nesse tipo de coisas; a única coisa que ali rondava era o fato de eu me martirizar por ter aquela sensação ruim me rondando por anos – uma sensação que eu pensei que o tempo fora capaz de apagar –, mas eu percebi da pior maneira possível que eu estava redondamente enganada sobre isso.
(∞)
Abri os olhos para notar que meu dia estava começando muito cedo, antes mesmo das sete da manhã. Só me orientei sobre o horário quando observei o despertador sobre o criado-mudo registrando tal horário. Assim, tão logo, percebi que James ali não estava, talvez por motivos óbvios, mas não dei de ombros dessa vez porque eu era uma intrusa em seu apartamento.
Roupas e lingeries novas estavam estendidas ao pé da cama, junto a um roupão cinza de seda. Prontamente, reconheci que aquelas roupas eram minhas, as quais estiveram em meus cabides por certo tempo, esperando alguma ocasião apropriada para serem usadas – o noivado de Edward com a repugnante da Isabella.
Só de pensar, senti a bile fazer-se presente. Senti nojo. Eu não queria pensar que o noivado de Edward seria naquele dia, ainda mais quando eu estava com alguém que não tinha nada a ver com o assunto. O que significava o noivado de Edward para James? Nada.
O sol ainda estava nascendo vagarosamente quando eu me ergui daquela cama. Tão logo, vesti aquele roupão e segui para uma das portas daquele quarto, que, repentinamente, parecia convidativa demais. A mesma tinha uma cor que se mistura com facilidade à cor da parede, de um azul claro. Algo me fazia crer que aquele era o banheiro e era o que eu precisava naquele momento.
Virei a maçaneta com cuidado, após segurá-la com a mão direita, deparando com a imagem que, naquele momento, parecia, para mim, sendo dos deuses: James observava-se no espelho do lavabo, com a máquina de barbear em mãos, tendo acabado de se barbear. Pode até parecer estranho demais para alguns eu ter essa visão dos deuses, mas não fora aquilo que me despertara a atenção e sim o fato de seu sorriso ter se aberto ao me ver logo atrás dele, espionando-o, mesmo que tivesse ao meu favor a porta entreaberta.
Ele não falou nada; ao contrário disso, apenas fez um sinal com a mão para que eu me aproximasse, após abrir a porta totalmente. Apenas quando eu adentrei o cômodo, ele pegou minha mão e disse, deixando o seu sorriso ainda mais sincero:
— Desculpe-me por ontem.
— Aquilo não tinha a ver com você.
— De qualquer forma, o mínimo de decência que eu deveria ter era perguntar para você antes.
Eu dei de ombros, soltando as nossas mãos rapidamente, e isso pareceu fazê-lo analisar se eu estava irritadiça; eu ficara e eu não insistiria naquilo – o assunto era restrito a pouquíssimas pessoas, como alguns poucos membros de minha família e o meu analista, que, por sinal, eu não visitava a um bom tempo.
Assim, ele deu de ombros novamente, e disse:
— Fui ao seu apartamento e pedi para sua irmã dar-me alguma de suas roupas para que você pudesse se trocar…
— Eu percebi — atravessei a sua fala, tentando interrompê-lo, o que foi impossível.
— … e ela me convidou para ir a uma comemoração que vocês farão em família. Eu aceitei ir.
Gelei com a declaração de James, começando a detestar mentalmente a minha irmã. Já não bastara-me aquele ser o pior dia de minha vida e Irina resolveu, sem meu consentimento, convidar James a uma ocasião familiar como se isso fosse a coisa mais natural do mundo, COMO SE ELE FOSSE DE NOSSA FAMÍLIA OU COMO SE TIVESSEMOS ALGUM TIPO DE LAÇO, COMO UM NAMORO, POR EXEMPLO!  Se Irina estivesse na minha frente naquele momento, certamente a trucidaria; como aquele ato era impossível no momento, simplesmente fiz questão de travar minha mandíbula só de pensar naquela situação e no quão eu ficaria desconfortável em estar perto de meu primo e daquele homem, com quem eu dormira.
Dentro de mim, eu sentia um misto de emoções para lá de estranhas. Eu não era a mesma Tanya que eu era há menos de vinte-e-quatro horas atrás; parecia, até, infantil demais e insegura também. Naquele momento, não havia em mim nada daquela Tanya segura de si, que mesmo tendo medo de alguns Volturi e do que eles eram capazes de fazer, conseguiu sair sã e salva de uma enrascada profissional. Parecia que no que se tratava da minha vida pessoal, eu era um fracasso.
— Eu posso ter um tempo comigo mesma? — perguntei, entredentes.
— Não por isso — falou, olhando-me fixamente com suas orbes azuis que me deixavam hipnotizada.
Dessa forma, ele saiu do ambiente, me deixando plenamente só por um tempo estendido o suficiente para que eu tomasse banho e me aprontasse com algumas das roupas que estavam estendidas sobre a cama. Mas aquilo não fora o suficiente para eu dizer que engolira as informações; além do mais, seja lá qual era a ideia de Irina, eu tinha certeza de que ela fora influenciada de alguma forma por Alice. Já era o bastante para mim ser jogada aos braços de um homem que até pouco tempo era o meu rival nos Tribunais e acabar me seduzindo pelo charme dele, o qual eu jamais percebera anteriormente, pois julgava-o não ser da minha alçada; pior ainda era eu ter que suportar um homem que me atraia sexualmente junto a outro homem que me atraia sentimentalmente no mesmo ambiente. Literalmente, eu teria um enfarte assim que os visse no mesmo lugar (e a isso se incluía o fato de sequer se aproximarem um do outro, se bem isso fosse muito possível, ainda mais que eles precisavam se cumprimentar).
Eu precisava respirar. E profundamente. Ou eu mataria Irina e Alice assim que as visse. Com certeza, elas achavam que eu esqueceria Edward assim que me visse nos braços de James, mas isso era quase impossível.
Vesti a roupa mais confortável que vi no meio daquelas demais sobre a cama. Ainda era manhã e o sol naquele momento cobria Manhattan por inteiro, ainda que fosse as primeiras horas da manhã. O evento só iniciava-se na parte da tarde e início da noite, o que me deixava aliviada só de pensar no quão seria bom se eu mantivesse James e Edward longe por tempo suficiente para eu poder processar as informações em minha mente.
Mas talvez não fosse um mero encontro arranjado por Alice e Irina, pensei. Talvez essa seja uma forma de fazê-lo enxergar que, mesmo de uma maneira dolorosa, eu conseguia me virar sem ele. E eu conseguia. Caso não conseguisse, me obrigaria a ser daquela forma.
Sai do dormitório sendo tomada por pensamentos infames e indesejados, tal qual acontecera desde o momento em que James pronunciara-me que participaria, também, do mesmo evento o qual eu não desejaria presenciar, mas seria obrigada a ir por ainda nutrir algum tipo de amizade com meu primo, mesmo que sua namorada (e em menos de algumas horas, noiva) tenha nos afastado – de melhores amigos, somente conhecidos –, mas meu pensamento ruim foi para os ares quando percebi o desastre que tomava a cozinha daquele apartamento, bem mais equipado do que eu esperava para uma residência de um homem: utensílios de última linha tomava a bancada e o cheiro de bacon e queijo tomava o ar, fazendo meu estômago embrulhar de nojo.
EU PODERIA TER MATADO JAMES NAQUELE MOMENTO, mas não fiz nada daquilo: algo dentro de mim acabou refreando-me. Ele era um desastre na cozinha, mas a pior parte de tudo era que ele achou que eu o deixaria comer aquela bomba de calorias àquela hora da manhã. Não mesmo.
— O que pensa que está fazendo? — perguntei, alto demais, quando me aproximei dele para desligar o fogão. — Você é louco ou o quê? Quer se matar antes de chegar aos quarenta?
— Pare de ser exagerada — ele me respondeu, prontamente, e revirou os olhos assim que me viu ter sucesso. — De qualquer forma, eu desisto de tentar fazer alguma coisa na cozinha: não consigo cozinhar de forma alguma.
— Melhor assim: quem sabe dessa forma você resolve levar a vida de uma forma mais saudável — sorri brandamente, vendo-o depositar aquele lixo de comida no triturador e colocar a frigideira sobre a bancada da pia. — E outra: se você tem um grill repousando sobre a sua bancada americana, porque você vai usar a frigideira para fritar ovos e bacon com queijo?
Ele me olhou com tom de deboche enquanto eu colocava a mão em minha cintura, o que me fez pensar que estava agindo tal qual uma matrona. Em seguida, ele começou a dar risadas altas demais para o meu gosto.
— Você fica maravilhosa quando está nervosa — ele comentou, se aproximando de mim em alguns passos apenas. — E eu sinto vontade de comer você todas as vezes que te vejo assim.
Devo ter erubescido, porque ele se aproximou ainda mais de mim após dar apenas mais um passo, e afastou os meus cabelos para trás para sussurrar em meus ouvidos:
— E quando envergonhada, eu sinto vontade de fazê-la realizar todas as suas fantasias; e eu tenho certeza que ainda tem várias.
— Dá licença, James — eu disse, irritada, afastando-o com um empurrão apenas usando uma mão. — Você é insaciável! Que ideia é essa sua de que eu sou igual a todas as garotas que você come todas as noites? Pois eu te digo uma coisa — continuei, ainda mais irritada, e apontei ligeiramente para o peitoral musculoso dele —: eu não sou. E outra, James, e preste bem a atenção no que lhe digo: não é falando em minha orelha com suas palavras pouco sedosas que você irá me conquistar. E daí se eu realmente tiver fantasias a serem realizadas? Isso não é da sua alçada, Gigandet.
Eu fizera um discurso, mas mentira em boa parte do que falei. A voz aveludada dele – ou até mesmo quando ele se aproximava de mim e falava-me a orelha com sua voz quando rouca – me deixava louca. E a parte de minhas fantasias? Cacete!
— Não é o que você pensa — ele disse, tornando a se aproximar de mim e veio em direção as minhas costas, tornando a afastar meu cabelo – dessa vez no caminho inverso que a anterior – para beijar-me a nuca e os ombros, o que fez um arrepio correr-me a espinha. — Eu sei perceber quando uma pessoa mente ou não; por mais que você trabalhe na mesma área que eu e saiba muito bem como mentir, eu ainda assim sei perceber quando uma pessoa mente ou não. Você está mentindo, Tanya.
Ele era excessivamente bom naquilo ou eu era péssima em mentir. Possivelmente, a última opção estivesse mais próxima de ser a real e eu precisava ser capaz de melhorar aquela minha tática.
Eu me sentia atraída por James, mas não sentia nada mais por ele que isso. Ele era o meu colega de profissão e isso era a coisa mais simples de todo o mundo, mas não soubemos como separar isso. Portanto, eu era capaz de terminar com tudo da mesma forma que comecei, da mesma forma que nos deixei iniciar. Eu não me deixaria fraquejar mais. Mas uma última vez não me faria mal algum.
Me deixei ser guiada para a sala novamente e, dessa vez, com uma maior iluminação, pude perceber o quão bela era a disposição do cômodo, por mais que aquela não parecesse ser a intenção de James: obviamente ele me queria por inteira, tão somente para ele…
Seu corpo levou-me até o tapete persa que tomava o chão do centro de sua sala, mas ao invés de fazer-me repousar ali, apenas me fez sentar sobre aquela proteção macia, afastando-se logo em seguida. Aquilo era estranho partindo dele, ainda mais por se afastar de mim com a rapidez que seguiu para fora do cômodo. Mas em poucos minutos somente, ele voltou com uma bandeja para café da manhã em mãos e deixou repousar no chão, logo a minha frente, antes de sentar-se ao meu lado.
— Eu posso ser um péssimo cozinheiro, mas sempre tenho alguma coisa reserva ao meu favor. De qualquer forma, me informei diretamente com sua irmã de que você é vegan; não teria nexo eu preparar bacon para você.
— Posso te fazer uma pergunta? — eu falei e ele deu de ombros, como se permitisse a minha pergunta. — Por que você está sendo tão carinhoso? James, eu conheço você e sei bem o cafajeste que é, então pode considerar que a máscara caiu. Para você, eu devo ser só mais uma comida desejável, a qual você, em breve, descartará; por isso, eu tenho certeza de que serei dispensada tão logo nos despedirmos após o jantar.
— Tanya, você tem uma imagem muito errada sobre a minha pessoa — ele falou, sério.
— Mas não é a verdade? — eu continuei, dando de ombros. — Você pode ser um cara sério profissionalmente falando, mas no que se trata de sua vida pessoal, tudo é uma brincadeira para você.
— É tão brincadeira para mim que eu até me esqueci do preservativo na última noite — ele disse, irônico. — Ora, Tanya: tenha santa paciência!
Gelei. No clima em que estávamos na última noite, eu esqueci-me de lembra-lo sobre a camisinha; por minha sorte, ainda que não tivesse uma vida sexual muito ativa, fazia questão de vacinar-me mês a mês com estrogênio e progestona. Mas ele, com uma vida suficientemente ativa, possivelmente teve outras escorregadelas como aquela com outras mulheres e para o pior dos casos, eu poderia, até, pegar um DST – seria muito azar para uma pessoa só.
— Não, eu não tenho sífilis, AIDS ou qualquer outro tipo de DST que você esteja avaliando nessa sua mente insana, Tanya, só para a sua informação.
— Vai saber… — eu disse, dando de ombros.
— Eu posso ser mulherengo, mas não louco, Tanya.
Novamente, dei de ombros e me deixei relaxar. Aquela seria minha última vez no dia, pois sabia que pouco depois, teríamos que sair daquele apartamento por exigência da minha prima, que estivéssemos na fazenda de seus pais antes da hora do almoço. Por isso, eu nem queria imaginar o depois. Só de pensar em Isabella e Edward juntos, o embrulho tomava o meu estomago novamente. Eu, definitivamente, não queria pensar naquilo, pois eu sabia que pensaria no assunto a viagem toda até Vernon Valley, em Nova Jérsei – onde o destino ligou os Cullen, os Denali e os Masen em uma só família – e por mais que aquele lugar me fizesse bem, a lembrança do noivado de Edward possivelmente arruinaria aquilo tudo.



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