Prólogo
Você já se sentiu que aquele dia era o seu último? A sensação de amargura invadindo seus lábios junto com a infelicidade alheia. Sente-se deprimido, a procura de algo com enxurradas de lembranças de todos os seus erros invadindo a sua consciência, a culpa pesa e dói mais do que a própria dor do coração.
O corpo do homem bateu contra o asfalto frio violentamente em um baque surdo no meio daquela assustadora multidão. Alguns levaram minutos para perceber o que acontecera. Uma boa alma se aproximou, tentando ajudar o outro que caíra, mal sabendo que caminhara para o perigo. Tocou-lhe o rosto, cuidadosa.
Os olhos do homem se dilataram e seu corpo entrou em um colapso, fazendo-o se contorcer. Todos que estavam assistindo arregalaram os olhos, algumas pessoas gritando desesperadamente para que chamassem a ambulância, várias passando diretamente e outras tão apavoradas para se mexerem. De repente, a pele do pobre ser humano lentamente se tornou pálida e cinzenta. Uma mulher chegou perto e tomou a checar os punhos com a respiração em batimentos cardíacos... Nada... Aquele homem estava morto.
Ninguém ousou a olhar diretamente para o corpo. A mulher fechou os olhos, lamentando, mas voltou a abri-los ao sentir alguém agarrando-a. Um grito ensurdeceu todos por um momento. O pânico se espalhou rápido. Aquele fora o primeiro momento de algo ainda maior.