Á noite está tão fria e chuvosa, o vento que sopra lá fora traz com elas as gotas de chuva fazendo um barulho forte na minha janela. Na televisão as noticias são sempre a mesma. Caminho até a vidraça para olhar a rua, pois não consigo dormir, de repente ouço um barulho, no beco no fim da rua alguns minutos depois vêm surgindo uma silhueta.

Á iluminaria da rua reflete bem um corpo magro e alto vestido com uma capa e chapéu preto talvez seja pra se proteger da chuva, não consigo ver o seu rosto. Ele caminha em passos largos até parar bem em frente ao meu prédio,suspiro forte parece que me viu,levei um susto só consegui ver que seus olhos vinham em minha direção até que me afastei da janela e não sei quanto tempo levei até conseguir coragem para olhar novamente, mas quando cheguei perto novamente da vidraça à chuva já havia cessado e aquela figura também já havia desaparecido.

Sento-me novamente na cadeira de balanço perto da fornalha ainda com brasa quente e fico-me perguntando, quem poderia ser aquela pessoa e o que fazia tão tarde na rua?O que ele procurava no fim do beco?E porque ali?Será que ele também me viu?Sim, deve ter me visto, pois eu vi seu os olhos...

Triiim. Triiim!

Droga de despertador não para de tocar, levanto-me num só pulo, olho pro relógio de parede que ganhei do meu avô no verão passado e percebo que já passa das 9da manha, - droga! Acabei adormecendo na cadeira vou levar um sermão do meu chefe quando chegar à central de jornalismo, talvez, com um pouco de sorte ele nem vá trabalhar hoje, pois na ultima semana seu estado de saúde piorou, e todos já estão dizendo que ele vai morrer hm... São apenas boatos, talvez, talvez, mas o bom mesmo fosse que ele nem aparecesse na central hoje.