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  Pais & Filhos - Capítulo 3 - Tive um pesadelo [+16]

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MensagemAutor
06062013
Mensagem Pais & Filhos - Capítulo 3 - Tive um pesadelo [+16]

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Gêneros:
Songfic, Terror, Drama,

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Amélia andou a esmo pelo resto da noite, esperando que o ar frio da madrugada clareasse sua mente embotada. Tinha pensado nos pais cada vez mais na última semana. Ela começava a se indagar se tinha sido justa com eles, se tinha sido uma boa decisão ter saído de casa. A dúvida estava corroendo-a por dentro, tirando-lhe toda força de vontade. Quando a madrugada estava enfim terminando e o céu começava a mostrar uma tonalidade avermelhada, resolveu voltar ao casarão abandonado que atualmente chamava de lar...
Os dias passavam com lentidão sufocante e um sentimento de urgência estava enlouquecendo lentamente a menina. Era como se ela tivesse de tomar uma decisão muito importante e seu tempo esgotava-se sem que ela soubesse suas opções. Com a alma alquebrada, o corpo cansado e a mente turva, Amélia dirigiu-se para o velho casarão. Tinha fome, mas o cansaço era maior. Procurou um canto qualquer e enrolou-se. Adormeceu quase instantaneamente.
O sonho começou como sempre começava: Ela estava mais velha, mas não muito mais velha, sentada numa cadeira de balanço num quarto de criança. Olhava impassível enquanto sua filhinha dormia tranquilamente. O ambiente esfriou gradual e rapidamente e ela viu uma criatura surgir das sombras. Era algo como se as próprias sombras se solidificassem para dar forma aquilo. E aquilo era uma paródia tenebrosa de uma criança de uns seis anos, tão magra que os ossos saltavam-lhe sob a pele, como se fossem rasgá-la. Trajando roupas imundas e esfarrapadas que deixava boa parte do corpo à mostra. A palidez cadavérica tinha alguns contrastes de vermelho escuro e amarelo esverdeado, pois onde a carne fosse visível, chagas purulentas execravam pus e sangue. A mãozinha infantil era retorcida e deformada como uma garra e arrastava com dificuldade um velho urso de pelúcia. Os olhos, negros como a noite, fitaram-na por instantes e então aquele rosto repulsivo sorriu-lhe de forma cruel, e, com um arrepio, Amélia viu seus dentes. Eram todos pontiagudos. 
A coisa arrastou-se até o berço e a cada movimento fazia caretas de dor, como se fosse um suplício muito grande apenas estar viva. Depois da terceira tentativa frustrada, conseguiu finalmente escalar a pequena grade de proteção e caiu ao lado do bebê indefeso. Tapou-lhe a boca com uma das mãos e com a outra descobriu seu corpo. Lambeu-lhe a barriga de forma obscena, com uma língua longa e bifurcada, fazendo a criança acordar assustada. E, com voracidade, cravou-lhe os dentes na carne tenra e macia. 
Amélia lutava com todas suas forças para se levantar, para impedir aquele festim macabro, tentava salvar sua filhinha, mas nada disso era possível. Seu corpo imobilizado na cadeira permanecia rígido, até mesmo fechar os olhos não lhe foi permitido. No berço a criatura continuava a se alimentar e enquanto devorava o bebê ainda vivo os gritos sufocados pela mão de seu algoz iam diminuindo e cessaram completamente depois de algum tempo. Enquanto isso corpo da criatura mudava; as chagas fecharam-se, os cabelos cresciam sedosos e brilhantes, uma cor rosada e saudável tomou suas bochechas, os anos desapareciam visivelmente, sua idade aparentava agora por volta de três anos. As mãos gorduchas soltaram a boca de sua presa, já mole e sem vida, e com facilidade quebravam-lhe os ossos e os mastigava. Em menos de meia hora tudo tinha acabado e a linda criança sentada no berço em nada se parecia com aquilo que havia entrado no quarto.
Gingando de maneira inocente, desceu do berço e aproximou-se da cadeira de balanço, juntou o urso numa mão e levantou os bracinhos pedindo colo. Para seu horror, a mulher estendeu os braços e ergueu a criança com todo cuidado, aninhou-a gentilmente e tirou o seio para amamentá-la. O pequeno monstro sorveu o leite com gana. Ela queria atirar aquela coisa longe e correr para o mais longe possível, mas seu corpo, duma maneira característica dos pesadelos, não obedecia a sua vontade. Seus braços estavam molhados com o sangue e as entranhas de sua verdadeira filha enquanto de sua boca saía uma doce canção de ninar.
O sonho mudou, como sempre mudava, ela estava agora na casa onde crescera e cuidava do jardim que um dia pisoteara com tanto desdém. Da esquina da casa surgiu aquela linda criança que havia devorado sua filha. Estava com um vestidinho cor de rosa e uma touca de crochê combinando, arrastava seu urso com uma das mãos enquanto permanecia com o indicador da outra enfiado na boca, estava agora um pouco mais velha, e trazia no rosto uma expressão indecifrável.
— Mamãe?
— Sim amor? — Amélia se viu respondendo contra sua vontade.
— Por que os passarinhos voam?
— Por que Deus deu asas para que eles fossem os donos do céu.
A garotinha fitou pensativa a imensidão acima, estava uma manhã ensolarada e poucas nuvens eram visíveis.
— Me diz, porque que o céu é azul?
Antes, porém, que ela pudesse responder, a criatura fitou-a nos olhos e os lambeu da sua maneira característica, com uma voz grossa e macabra exigiu.
— Explica a grande fúria do mundo. 
Em geral era nesse momento que Amélia acordava gritando, mas desta vez algo de diferente aconteceu em seu sonho. Uma voz vagamente familiar disse em seu ouvido.
— Hoje não winzig. — e um vento muito forte soprou pelo jardim. Instintivamente ela ergueu os braços protegendo os olhos da poeira que se levantou. Mas não houve poeira e ainda de olhos fechados ela ouviu uma tosse fraca. Ao abaixar os braços se viu no quarto dos pais. Era noite lá fora, sua mãe estava deitada debaixo dos lençóis e seu pai cochilava numa poltrona ao lado da cama. Profundas olheiras marcavam o rosto da mulher que abriu os olhos e a loucura estava instalada neles o encarou com raiva e intolerância por alguns segundos, então tornou a fechá-los e disse de forma ríspida.
— Vá embora daqui, ou vou chamar meu marido.
— Eu sou seu marido minha querida, — a doçura e o amor na voz do pai surpreenderam Amélia, ela nunca vira o pai falar dessa maneira com ninguém — E estou aqui para tomar conta de você.
— São meus filhos que tomam conta de mim.
— Querida, a pequena Amy não pode tomar conta de você agora. 
A mulher tossiu mais uma vez, e, quando tornou a falar, sua voz não tinha mais aquele traço de loucura, mas apenas amor.
— Querido! Amélia já é uma mocinha. Se o ouvir chamando-a assim vai ficar muito chateada com você. A lucidez da esposa fez com que Abner sorrisse na hora. 
Ele sentou-se na cama, ao lado da esposa e pegou sua mão com carinho.
— Isso seria apenas mais uma vez, tudo que eu faço nos dias de hoje parece irritá-la.
Nesse instante aquela criatura purulenta e deformada entrou pela janela. Ela trazia o ventre inchado, esgueirou-se até a cama e se empoleirou na cabeceira alta. Nenhum dois parecia ser capaz de vê-la ali empesteando o lugar.
— Quando eu digo que meus filhos tomam conta de mim, estou me referindo...
— Eu sei a que você se refere, mas você não deveria confiar tanto nas histórias de minha mãe. Eu a amava, mas ela era uma bruxa doida e cheia de superstições. — ambos riram do comentário. — Além do mais, ela nos disse que enquanto Amélia chamasse nossa casa de lar, nada de mal nos tocaria, mas também não nos proibiu de irmos a um hospital. Você deveria estar em um agora.
— Traga quantos médicos quiser, mas eles que venham até aqui. Não sairei de minha casa. — o homem afagava sua mão com carinho.
— Meu amor, há quanto tempo você está doente? — a pergunta da mulher assaltou o marido de surpresa.
— Eu não tenho nada, a única aqui que precisa de cuidado é você.
— Nem sempre que você acha que estou dormindo, eu realmente estou. Tenho visto você se medicar com cada vez mais frequência e da última vez você deixou a ampola aqui no criado-mudo. Era morfina. — uma lágrima escorreu pelo seu rosto — Você não pode aguentar todo esse fardo sozinho meu amor. Chame Amélia aqui pela manhã e vamos contar a ela sobre minha situação  e depois veremos o que fazer da sua saúde. Não estamos sendo justos com ela. Como acabei de lhe lembrar, ela já é uma mocinha, temos de dar algum crédito a coragem de nossa filha.
— Ela ainda é praticamente uma criança, deveríamos poupá-la desse sofrimento. 
   Um grito ecoou pela casa  assustando aos dois. Amélia reconheceu a própria voz gritando de seu quarto. Seu pai levantou-se de súbito e saiu dizendo.
— Eu volto já.
Sua mãe fechou os olhos e suspirou. A criatura em sua cabeceira inclinou-se para baixo e disse.
— Adivinha. Amélia não chama mais sua casa de lar. — a voz maliciosa arranhava o ouvido da menina, e dessa vez a mãe parecia ter-se apercebido da presença no quarto, pois arregalou os olhos e abriu a boca para gritar, mas o ser foi mais rápido e vomitou uma bile fétida em sua boca. Vomitou até esvaziar seu ventre luzidio.
A mulher teve um ou dois espasmos e então parou de respirar. Momentos depois seu marido estava de retorno.
— Não se preocupe, foi apenas um pesadelo. — aproximou-se da cama e tornou a pegar as mãos da mulher por entre as suas. Só então notou o que havia acontecido... Ajoelhou-se ao lado do corpo da esposa e chorou amargamente o resto da noite. No momento mais derradeiro de sua vida, ele não estava ao lado dela.
Amélia sabia que nesse instante, se saísse do quarto dos pais e fosse até o escritório no andar de baixo, veria a si própria encontrando o remédio do pai e julgando-o um viciado. 
O vento voltou a soprar e soprou tão forte que a atirou pela janela. Ela se viu caindo de uma altura muito grande quando avistou o telhado de uma casa velha e aguardou a dor do impacto. Ao contrário do que era de se esperar, sua velocidade foi diminuindo e quando seu corpo fez contato com as telhas... Bem, ele não fez contato, seu corpo atravessou o telhado suavemente como se ele não existisse. A garota reconheceu imediatamente o cômodo em que estava: Era o velho casarão que adormecera. Numa bizarra situação, podia se ver deitada no chão, dormindo profundamente. Mas o que acontecia com seu corpo a encheu de mais medo do que jamais sentira em toda sua vida. Sentada em seu peito estava a criatura de seus pesadelos, com o rosto a centímetros do seu. Ela pensou que aquilo a estava beijando, mas percebeu que era algo pior. A coisa soprava uma névoa verde e pestilenta para dentro de sua boca, e ela estava respirando aquilo. O medo era tanto que um soluço involuntário escapou de seus lábios, no mesmo instante a criatura virou rapidamente a cabeça em direção ao seu fantasma que flutuava num canto do teto e assoprou como a um gato assustado. 

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Última edição por Violet Flower em Qui 6 Jun 2013 - 20:34, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Numeração do capítulo)
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