Tema:
Shugo Chara

Gêneros:
Amizade, Fantasia, Romance,

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Não sei se posso confiar tanto assim no Tsukasa-san mas ao pé dele o vazio no meu peito diminui mesmo que seja apenas um pouco, é como se ao contar-lhe o que se passa sentiria-me mais leve. Pena que só me consigo acalmar com alguém a me consolar, pois quando estou sozinha tudo o que faço é desatar a chorar. Há tantas perguntas sem resposta, qual será a verdade por de trás de tantas mentiras?




Tsukasa - O que queres dizer com isso? Como assim não és quem tu pensavas que eras?




Amu - Descobri que sou adoptada.




Não conseguia parar de chorar, saber que sou adoptada e que a pessoa que eu pensava que era não existia? Tudo não passava de uma ilusão, estava a viver um sonho em vez da realidade. Eu não pertenço a nenhum lugar, ninguém me quer ou precisa de mim.




Tsukasa - Amu-chan, não fiques assim,




Amu - Então como queres que fique? - Não aguentava mais, preciso que alguém me diga quem sou mas sei que ninguém sabe a resposta. - Não sei quem sou e duvido que alguém o saiba!




Tsukasa - Tens de te acalmar, eu sei que não é fácil mas tens de conseguir acalmar.




Amu - Não consigo, tudo o que quero neste momento é desaparecer junto com esta dor e estas dúvidas que me perseguem.




Tsukasa - Tens de tentar, e perceberes quem és - disse-o num tom tão calmo e compreensivo que me fez querer acreditar nele mas eu não sei.




Amu - Eu estou e tentar mas não consigo, estou cheia de dúvidas. - Já sentia os meus olhos molhados e a ponto de quase chorar.




Tsukasa - Então, livra-te dessas dúvidas primeiro e se precisares de ajuda eu estou aqui para te apoiar e ajudar no que for necessário.




Ao ouvir aquelas palavras, era como um peso a menos nos ombros sabia que ele estava certo, devia livrar-me destas dúvidas mas sei que não tinha coragem para isso.




Amu - Arigato, Tsukasa-san.




Assim que acabei de falar, me levantei e tomei o caminho em direcção a casa, ainda tentava achar coragem para esclarecer as minhas dúvidas mas não conseguia simplesmente. Tremia de medo por descobrir algo que não queria ouvir e nem abrir a porta de casa consegui até que reparei numa carta no chão com o meu nome. Soube logo a quem pertencia aquela carta.




Peguei-a e dirigi-me ao centro da cidade. Sentei-me num banco, respirei lentamente e decidi abrir a carta, esperava que aquela carta fosse a coragem que me faltava,que me transmiti-se segurança e que me livra-se do medo e quando a li não me desiludi.




Carta Pov ON




"Querida Amu, sei que recentemente descobriste algo que não esperavas, nem sequer sonhavas com essa hipótese mas eu estou aqui para te esclarecer todas as tuas duvidas e para te mostrar quem realmente és se for esse o teu desejo. Eu estarei sempre aqui, quando precisares de mim eu virei a correr para te abraçar e remexer os teus cabelos com segurança e dizer-te que tudo ficará melhor. Não te esqueças, eu fiz parte do teu passado e farei parte do teu futuro a partir de agora, afinal é para isso que eu existo hoje, para te proteger e ajudar. Eu te prometi, antigamente que nunca irei te deixar sofrer, que se tiveres de chorar eu estarei cá para te proteger.




Sayonara, Asuka Yumma."




Carta Pov Off




Como será que ele soube? Quem realmente és Yumma? Quem és tu para mim? Mesmo que eu não o saiba quem és, sinto-me segura com cada palavra que dizes. Eu tenho de te agradecer pelas tuas palavras e pela esperança que me depositaste. Irei à tua procura para saber de tudo, mas até lá fico contente por ter alguém que se preocupe comigo.




Eu tinha razão, aquela carta deu-me coragem para saber quem sou. Mesmo que demore para me recordar de quem sou e do meu desconhecido passado tenho a certeza que me lembrarei de tudo.




Caminhei lentamente de volta para casa, sempre seguida de pensamentos e perguntas sem resposta alguma. Quando cheguei, abri a porta lentamente e fechei-a da mesma maneira. Andei passo a passo, lentamente até que encontrei os meus supostos pais à minha espera.




Amu - Tadaima.




Pai - Onde estiveste? Estávamos muito preocupados contigo.




Amu - Desculpe preocupar-vos tanto, Srs Hinamori. - Não era capaz de os tratar com pai e mãe, tentava mas era impossível.




Mãe - Está tudo bem, filha?




Amu - Eu estou bem, só fui dar uma volta para acalmar as ideias e peço-te não me chames de filha. - Disse friamente sem um pingo de consideração pelas pessoas que me criaram.




Mãe - Mas porquê?




Pai - O que se passou para estares assim ?




Amu - Não se passou nada aliás apenas percebi que não pertenço a esta família e não precisam fingir que sou vossa filha.




Tinha que dizer aquilo, não aguentava mais, deixar aquilo sair da minha boca por mais que isso magoa-se alguém.




Pai - Mas o que estás para aí a dizer? Tu és nossa filha e nada mudará isso.




Mãe - O teu pai tem toda a razão, nós gostamos muito de ti.




Amu - Se realmente gostassem de mi, tinham me dito que eu era adoptada e quem era a minha verdadeira família. - Não podia guardar tudo isto para mim então disse sem receio nenhum. - Por favor, eu só quero saber quem sou, eu tenho esse direito!




Pai - Já que insistes tanto, iremos te contar o que sabemos.




To Be Continued