Clique aqui para ver todos os capítulos desta história!Gêneros:Drama, Ecchi- Clique aqui para ver as Informações Iniciais:
Sinopse: Imortais: seres que precisam de sangue para sobreviver.
Místicos: os que têm o poder de se transformar em animais para proteção própria e de seus entes.
Até que ponto a rivalidade entre imortais e místicos pode interferir no convívio, na lealdade, no amor?
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Notas Iniciais / Disclaimer: Esta fic saiu de devaneios de uma mente um tanto desocupada. É um tanto comum e talvez óbvia, mas foram meus sonhos e desejos que fluíram pelos meus dedos dando forma a ela.
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Trailer do Capítulo: ______
"Eles chegaram"
Do quarto onde estou posso ouvi-los na cozinha.
Estou na casa de Eva, minha amiga desde a infância. A infância dela pelo menos. Olho-me no espelho para tomar coragem de descer. O vestido florido que Eva me deu ficou bem, combina com meus olhos verdes como ela disse. Ela acha os outros podem estranhar as minhas roupas negras.
Não discuti, ela os conhece melhor que eu.
Prendo meu cabelo no alto, em um rabo de cavalo. A impressão que tenho é que estão mais negros e longos do que do costume.
"Vamos lá, V!" Falo para mim mesma e desço devagar.
— Esta é V. — ela me apresenta aos seus enteados. — Estes são os filhos de Sean: Lian, Nick e Lua.
Lian é o mais velho, tem 19 anos, mas a seriedade em seu rosto faz com que aparente ter mais. Olha-me com receio. Nick, 01 ano mais novo, parece ser mais simpático. Ele sorri para mim. Lua, com 17, também é séria. Olha-me de cima a baixo me reprovando com a cabeça.
— Olá. — tento ser simpática e me sento à mesa com eles.
— Seu nome é V? — pergunta-me Lua.
— É abreviação. Chamo-me Violet.
— Bonito nome, assim como você. — galanteia-me Nick.
— Obrigada. Deram-me por causa dos meus olhos. — falo sem pensar.
— Pensei que fossem verdes. — fala Lian.
— Quando nasci eram diferentes. — tento corrigir o erro.
Eva deixa cair alguns pratos e a cozinha fica cheia de cacos. Desde que sofreu o acidente de carro tem dificuldade em manusear as coisas.
— Quer ajuda Eva? — pergunto.
— Não, está tudo bem. — responde, mas acaba cortando profundamente a mão.
O sangue pinga no chão e logo faz uma poça. O cheiro é bom. Levanto-me devagar e vou até ela. Posso ver o temor em seus olhos.
— Posso? — sussurro.
Ela não tem escolha e acena com a cabeça me dando permissão. Pego a mão ensangüentada e levo a boca ouvindo o grito de Lua.
— O que ela está fazendo? — ela pergunta.
— Ela é uma sanguessuga, vai matá-la! — Lian se levanta.
Viro-me para ele, o que o faz parar.
— Não vou machucá-la. — respondo de forma ríspida.
Sinto o sangue de Eva se misturando ao meu. Corto com a unha meu pulso e deixo que meu sangue caia no corte na mão dela, que começa a fechar e a cicatriz do acidente também some. Não me sinto bem, há algo diferente no sangue. Preciso colocá-lo para fora. Ando até o banheiro do quarto sem sentir os passos.
— Como você pôde deixar esta coisa entrar em nossa casa? Tínhamos que ter matado ela! — Lian grita.
Do banheiro percebo que alguém chega. Sean.
— Matar quem? — ele pergunta.
O sangue começa a sair pela minha boca. Não demora para que me sinta limpa. Respiro fundo, mas ainda sinto o cheiro do sangue de Eva. Olho o vestido e está todo vermelho. Coloco uma leaging e camiseta preta. São as peças mais simples que encontro em minha mala e desço novamente.
— Você tem que fazer alguma coisa pai. — diz Lua.
— Pode deixar que eu acabo com ela! — insiste Lian.
— Ninguém vai fazer nada e ponto final! Não se fala mais nisso. — Sean os repreende.
— Oi Sean, não queria causar este transtorno, mas tinha que ajudar a Eva.
— Não tem problema. É melhor que eles se acostumem logo com você.
— Como assim se acostumar com ela? Por quanto tempo ela vai ficar aqui? — pergunta Lua.
— Não vou ficar aqui na sua casa, estou indo para casa de River. E lá que vou ficar.
— Na casa de River? Mas por quê?
”Se dependesse de mim, você não sairia viva daqui". Leio o pensamento de Lian.
O encaro e respondo também em pensamento.
"Não me subestime, você não me conhece. Não seria tão fácil quanto pensa."
Vejo o espanto em seus olhos.
"Já acabei com sanguessugas bem maiores que você, não ia ser difícil... Mas terei outras chances!"
Sean percebe nossa conversa secreta.
— Lian já pedi para parar. Se fizer alguma coisa terá que arcar com a consequência, não vou intrometer.
— Esta coisa não deveria estar aqui se fazendo de boazinha. Eu sei do que são capazes. Seria um prazer acabar com ela.
"Você não sabe o que está dizendo."
— Peça pra ela parar de invadir minha mente ou eu respondo por mim. — diz ao seu pai.
— Você tem muito que aprender ainda... Se é assim que quer fazer, mas lembre-se... Nem tudo é o que parece.
— Está dando permissão para matá-la? — pergunta Nick que não tinha tomado partido e estava junto a Eva. Ele parece estar aflito.
— Seu irmão não vai deixá-la em paz até que tente fazer isso então que seja logo.
— Como você pode dizer isso com tanta calma?