A irmã de Edward era muito querida, eu tinha gostado muito de seu jeito maluquinho de ser. Nessie tinha ficado mais cuidadosa desde o dia que fomos a casa de James, mas ela e Jacob estavam brigados desde então, Jacob gostava muito de Reneesme, e eu acho eu ela gosta dele também, mas não queria admitir. Jacob era um bom menino, ele sim colocaria juízo na cabeça dela. Logo era meu segundo dia na lanchonete e fui trabalhar, eu não achei um lugar muito confortável pois a maioria dos clientes era só homens, alguns eram esquisitos pois não bebiam nem comiam nada, só ficavam me olhando estranho. Logo que cheguei um cara me chamou na sua mesa e depois de eu colocar o uniforme de garçonete fui até sua mesa.

–O que o senhor vai pedir?- olhei para um cara de pele extremamente pálida e olhos com olheiras.

–Sim-falou malicioso me olhando dos pés a cabeça- quero algo sim.

–O que- q-que desejas?-perguntei gaguejando.

–Você - falou piscando.

–Desculpe senhor, mas o que desejas para beber ou comer?-perguntei perdendo a paciência.

–Quero uma água por enquanto- falou me dando uma ultima olhadela.

Esses caras eram muito sinistros... Uma hora passei por um que lambeu os lábios olhando para mim, como se eu fosse um pedaço de carne ou comida...

O meu patrão era um cara que estava na casa de uns quarenta anos, ele tinha o corpo atlético até para sua idade, barba para fazer e cabelos grisalhos. Ele também me dava medo às vezes, mas o que eu não fazia para colocar dinheiro em casa? Ele era um cara calado, não sei porque tinha apenas eu de funcionaria, as vezes achava que tinha algo de errado ali para ninguém parar no trabalho, só eu trabalhava como garçonete e ajudante na cozinha, mais ninguém.

Logo estava ficando noite e era o dia em que eu trabalhava até as dez da noite, eu sei que era perigoso eu ir para casa de a pé, mas o carro estava sem gasolina então eu teria que dar um jeito mesmo indo de a pé.

Logo a lanchonete estava com apenas uns quatro clientes, o cara que pediu a água mais cedo e o outro estranho que lambeu os lábios e mais uns três que também eram esquisitos.

O cara esquisito da água me chamou e fui o atender.

–O que eu pedi aquela hora já está pronto?

–Desculpe senhor, mas o que o senhor pediu?-perguntei confusa.

–Você doçura – falou com uma voz maliciosa.

–Senhor, eu vou pedir para se retirar assim.

–Você não vai querer perder o emprego né?- perguntou olhando para meu patrão que estava na cozinha.

–Não vou não – respondi olhando seria para ele, onde ele queria chegar?

–Então, vamos dar uma voltinha depois que você sair daqui!

–Não vou a lugar nenhum com você!

–Ah vai sim – falou levantando e pegando em meu braço. Ele era muito forte e bem gelado.

–Me solta se não vou gritar!- o ameacei.

–Grita vai, grita!

–Me solta!-alterei a voz, esperando que meu patrão me ouvisse. Mas quando olhei em sua direção ele apenas sorriu.

–Viu só, ninguém vai te ajudar!- falou enquanto eu via outro cara fechar as portas da lanchonete, espera, o que está acontecendo?

–O que vocês... o que vão fazer comigo?- arregalei os olhos ai ver os outros quatro caras se aproximarem de mim.

Um deles veio para a minha direita e colocou a mão em minha cintura, me impedindo de fugir e outro pegou em meu pescoço. O que estava acontecendo, já era a segunda vez em uma semana que me prendiam em algum lugar.

Eu já estava em pânico, agora não teria ninguém para me ajudar a fugir, nem meu patrão estava ligando.

–Carlos?- chamei ele com a voz trêmula.

–Faço um agrado a eles Bella, se não você não terá mais o emprego!

Mas... mas eu não estava acreditando nisso... eu que não queria trabalhar para um cara assim.

–Não, nunca! Me solta!- falei para o cara que se aproximava de meu pescoço, logo um deles me empurrou, me inclinando em direção a mesa e me deitando, eu tentava me mexer, mas um deles estava segurando meus cabelo com força.

–Me deixem!-implorei ao sentir alguém por cima de mim.

Então ouvi um barulho de coisas quebrando e cacos de vidros no chão.

–Soltem ela!-falou uma voz conhecida, alguém que eu sempre reconheceria, Edward Cullen.

–O que está fazendo aqui Cullen?- perguntou um deles, mas eles não tinham me largado ainda.

–Não importa, já mandei soltarem ela!

–Não vamos Edward, ela é nossa janta!

–Hector, solte ela!

–Por que está protegendo ela? Ela é apenas uma...

Edward o interrompeu rapidamente.

–Cala a boca Damian, eu mandei largar ela.

Consegui olhar para Edward e vi que ele se aproximava.

–Ela é sua protegida? Então você é guardião dela?

–Damian, mandei ficar quieto!

Edward olhou com raiva para eles todos.

Espera aí, que papo é esse de guardião?

–Você é guardião dela Edward?-perguntou Hector.

–Sou, e se meu pai souber o que andam fazendo na cidade ele não vai gostar nada nada.

Logo eles me soltaram e Edward veio até mim, me pegando pela cintura.

–Nunca mais mecham com ela, estão ouvindo?

–Mas ela parece ser muito apetitosa, se é que me entende, em todos os sentidos- olhou mais uma vez aquele cara da voz maliciosa.

–Cala essa boca Hector!-rosnou Edward e saímos da lanchonete. Ainda estava muito confusa, tantas coisas que não entendi.

–Você está bem? Eles fizeram algo com você?

–Estou bem Edward- falei depois que ele entrou no carro e deu partida.

–Nunca mais volte nesse lugar Bella, nunca mais!

Eu não ia voltar mesmo, só de imaginar aqueles caras me dava arrepios.

–Eu não vou voltar. Mas o que você quis dizer com guardião?

Edward enrijeceu e me olhou confuso.

–É melhor você não saber sobre isso Bella!

–Edward, eu quero saber- protestei exasperada.

–Bella...

–Edward, me conte, é algo que você tem a obrigação de me contar.

–Bella, não é tão simples assim...

Ele parou o carro e percebi que já estávamos em frente a minha casa.

–Edward, eu vou entender...

–Meu pai me enviou até Forks com um intuito.

–Que intuito Edward?

–Proteger você!

–Me proteger?- por que alguém que nem me conhecia queria me proteger?- Me proteger do que?

–Eu não sei Bella- respondeu abaixando os olhos, ele parecia sincero.

–Eu não... não entendo – isso era muito estranho, Edward era estranho e a cada dia minha vida ficava mais estranha.