–Olha Laiza! O que você acha?

–É lindo Jack, é seu?

–Não!

–É seu querida... - Disse papai.

–Tá brincando!

Olhei espantada para ele.

–Não, é sério, comprei de Jack para você.

–Mas pai... é lindo. Obrigada, muito obrigada. – O abracei.

Meu pai e Billy entraram na casa para largar os peixes que Billy tinha trazido, e eu e Jack ficamos lá observando o carro.

–Toma a chave, ele é seu.

Ele me entregou a chave, em que tinha como chaveiro um lobo.

–Chaveiro bonito.

Disse analisando-o.

–É eu fiz para você.

Eu sorri.

–É lindo, não sabia que você também sabia fazer isso.

–Pois é, sou um menino prendado

–Até parece...

Falei rindo.

–Ei, cadê Anne? – perguntou ele olhando para dentro de casa.

–Está lá dentro, deve estar vindo pra cá.

–Oi Jacob.

Falou ela com uma voz doce e risonha.

–Oi...

Ele sorrio com os olhos. E mostrando os lindos dentes brancos.

–Esse carro? É seu Jacob?

–Não, é da Laiza!

–Sério? Que legal. Agora não vamos precisar chegar à escola de viatura.

–É graças aos céus não vamos mais precisar.

Rimos nós três.

Jacob e Billy passaram o dia na minha casa. No fim da tarde estávamos eu Anne e Jack sentados em uma toalha no chão do quintal de casa. Era um lindo lugar para apreciar o crepúsculo que se aproximava, lá tinha flores, árvores, um balanço que foi de Bella.

Jacob estava tão pensativo quanto Anne. Aparentava estar em outro mundo.

–Ei como é mesmo o nome do pais que você veio?

Ele me perguntou com a sobrancelha erguida.

–Brasil, por quê?

–Você é de lá onde eles tomam aquela água verde? E se chamam de gaúcho?

–Sim sou de lá mesmo.

Ele começou a rir.

–Que foi Jacob?

Ele deitou e disse:

–Agora sei como vou chamar você!

–Ahn? Como?

–Gauchinha.

Ele caiu na gargalhada.

Eu acho que esse garoto é meio deturbado.

Quando eu ia começar a protestar.

–Nem queira me impedir!

–Como foi que você não pegou o sotaque deles ou a língua sei lá?

–É que eu saí de lá quando tinha cinco anos. Eu só fiquei quatro anos e pouco lá, daí minha mãe se casou de novo e voltou para os Estados Unidos.

–Ah bom. Então quer dizer que vocês vão para Port Angeles também?

–Sim é segunda que vamos. Mas tem alguém que não está muito animada com essa viajem.

–-Anne por que você não quer ir?

–A sei lá só vai ter aqueles garotos retardados da escola.

–Eu também vou!

–Sério! Que legal.

Anne ficou entusiasmada

–Eu vou todos os anos com meus amigos para lá na época que a escola de vocês acampa. Só esse ano que não sei como vai ser tem muita gente nova na escola. Os chup... é os Cullens vão estar lá esse ano.

–Que você tem contra os Cullens?

Perguntei me levantando da toalha.

–Nada não, só não vou com a cara deles. E mudou de assunto.

–O me diz uma coisa! Sua prima não fala?

Ele perguntou rindo.

–Não sei.

–Ela perdeu a língua?

Nisso Anne levantou-se da toalha olhou com cara de brava para Jacob e mostrou a língua.

–Já volto...

E saiu correndo, entrando na porta que dava para a cozinha.

–Ela ficou brava?

–Não, ela não fica brava tão fácil. Só está ultimamente no mundo da lua.

–Fala aí, por que você ``não vai com a cara dos Cullens´´? Por que você não gosta deles?

–Sua irmã quase morreu por causa de um deles! Você acha isso pouco?

Perdi a cor nesse instante.

–Que?1

–Você não sabia disso? Ah é claro eles não querem que os humanos saibam o que eles são.

–Jacob, você está me deixando confusa! Me explica direito isso.

–Não sei se eu posso!

Ele olhou em direção para a casa para ter certeza que ninguém estava ouvindo nossa conversa.

–Pode sim!

–Bom é complicado.

–Mas eu vou entender!

Tá, lá na reserva tem a tribo Quileute, e os Quileutes não gostam dos cullens. Ah muito tempo atrás, quando os Cullens chegaram aqui em Forks, eles foram atacados pela tribo Quileute, eles não queriam complicações na cidade. Mas os Cullens pediram paz e fizeram a tratado com a tribo Quileute, onde eles não matariam ninguém na cidade nem revelariam o segredo da tribo, daí os Quileutes teriam que deixar os chupadores caçarem na floresta e não revelariam o segredo dos Cullen. Mas eles nunca tiveram uma boa relação. Até que aconteceu duas coisas.

Jacob parou de falar e não prosseguia.

–Mas e o que Bella tem a ver com toda essa história? O que aconteceu ?

–Bella se apaixonou pelo filho mais velho do Dr. Cullen, um tal de Emmett, a noiva dele que é aquela loira, ficou tão furiosa que um dia atacou Bella.

–Mas o que ela fez de tão perigoso para bela?

–Eles são vampiros Laiza, você não entendeu isso ainda? Eles chupam sangue para sobreviver. Ela mordeu Bella, liberando veneno pelo seu corpo.

–Nossa...

Eu estava sem palavras.

–Mas os Cullens se dizem ``bonzinhos´´, diferentes. Eles só se alimentam de sangue animal. Laiza você está bem? Você está pálida!

–Estou um pouco impressionada. É muita informação para um dia só.

–Então eu vou parar tá!

–Não! Mas saí como salvaram Bella de morrer?

–Quando um vampiro morde um humano ou ele suga todo o sangue até a pessoa morrer ou ele acaba a transformando num deles. Ela só mordeu Bella, daí Carlisle conseguiu limpar o sangue de Bella a tempo, antes que ela morresse ou virasse vampira.

–Que história louca, é melhor Anne não saber disso.

–Bom, ela está vindo aí!

–Titio Charlie está chamando para ir pra dentro.

Só nesse instante percebi que já havia anoitecido.

–Tá, já estamos indo. Vou só ajudar Laiza a levar a toalha para dentro.

Estava eu Anne nos despedindo de Jack.

–Tchau Jack, até segunda né.

–Tchau gauchinha. Ah Anne, não esquece de levar o seu biquíni viu.

Jacob saiu correndo de perto de Anne.-Cala a boca seu Ediota.

–Ui coisa loca!

Eu tive que rir.

Jacob deu um salto para frente de Anne e beijou-a na bochecha. Anne saiu correndo atrás dele essa vez. Mas ele entrou no carro antes dela alcança-lo.

–Ui, aquela cacatua retardada dos in*****.

E assim ela entro em casa xingando-o.

Era domingo a noite e Anne estava no meu quarto.

Eu não sei que roupa levar Anne!

–Calma Laiza, é só um acampamento.

–Mas são dois dias lá.

–Próximas de uma floresta e do mar...

–Você já arrumou suas coisas?

–Sim, arrumei ontem, enquanto você e Jacob namoravam no quintal...

Era impressão minha ou tinha alguém com ciúmes?

–Você não estava lá por que não queria!

–É eu sei!

–Você não está mesmo achando que eu estou dando em cima do Jack né?

–Não, é só coisa de minha cabeça, só isso...

–Tá bom...

Naquela noite sonhei com Edward novamente, mas dessa vez Damon Salvatore também estava lá. Damon era um vampiro e estava pronto para me morder quando Edward pulou em cima dele. Nesse instante Edward era quem estava em cima de mim, e eu estava só de calcinha e com uma blusa da mesma cor da calcinha, verde.

Ele deslizou as mãos pelas minhas pernas e aproximou sua boca da minha, beijou meu pescoço e eu acorde.

Senti um frio em meus braços, foi quando notei que a janela estava aberta. A cortina esvoaçava, mas eu tinha quase certeza que tinha fechado aquela janela. Era cinco horas da manhã e eu já estava acordada, eu não iria conseguir dormir até as seis e meia então levantei. Anne já estava acordada também.

Estávamos sentadas no ônibus quando Edward entrou.

–Oi garotas.

–Oi Edward- Anne respondeu, eu fiquei quieta e corei.

Não era meu feitio deixar as pessoas no vácuo por birra.