Paradoxe


Na sala do diretor, naquele belo dia de sol. Estava eu, sentada em uma cadeirinha giratória em frente ao cara barbudo.

O psicopata estava fazendo alguém explodir alguma outra coisa em algum outro lugar enquanto o diretor dizia que queria conversar comigo a sós.

Mostrei a língua para o idiota que ficava para fora, entrando para conversar com o querido diretor a sós.

Obviamente em poucos minutos de conversa, eu perguntei desesperada, gritando com aquele velho retardado, de onde eles tiraram aquela ideia louca de que minha mãe era uma espiã! Americana. Da cia.

Se minha mãe fosse uma espiã eu saberia, não saberia?

Achei que estavam todos organizados me fazendo um trote, uma conspiração contra mim! Quando percebi que na sala que eu entrei ensinava fazer tipos de bombas! Bombas!! Não era atoa que aquele troço explodiu!

Oh, meu deus. Aquilo estava mesmo acontecendo? Eu só comecei a pensar que até podia ser que isso tudo fosse para ser assim, só que no meu sonho, durante um pesadelo que eu estava tendo, dormindo na minha cama em Paris. Quando eu liguei para minha mãe lhe questionando dessa FOLIE!

– Eu achei que você soubesse filha. Sempre falamos do nosso little Secret.

– Como assim mãe?

– Sempre falamos em como você teria que criar responsabilidade rapidamente se o mesmo que aconteceu comigo fosse acontecer com você. E em como eu gostaria de te mandar para um colégio em outro país como eu frequentei...

– Peraí! O segredo então não era o fato de que você engravidou de mim dentro de um colégio interno?

Foi assim que eu descobri que essa não era nem de longe uma escola de gente normal.

E que eu era extremamente normal em achar todos eles loucos desde o início.

O que só aumentava minha vontade de fugir daqui. Será que seria difícil de fugir de uma escola de espiões? Acho que se ela fosse boa, não deveria ser difícil para um bom aluno...

Ops, acho que entramos em um paradoxo!