| The Last Hope - Capítulo I [Livre] | |
[img][/img] Gêneros:Fantasia, Drama, Amizade, - Clique aqui para ver as Informações Iniciais:
Sinopse: Muitas vezes nos sentimos só em meio a multidão sem entender como, para algumas pessoas, a vida parece ser tão satisfatória, como tudo acontece tão facilmente. Em meio a tantos sentimentos avulsos que nos rodeiam podemos ver sorrisos e lágrimas se misturando por diversos motivos. Entretanto o que poucas pessoas sabem é que para alguns esses sentimentos não se limitam somente a sentir em si ou em conhecidos. Eles são Dons para serem usados para diversas finalidades. E para cada dom que nos faz bem há um contrário.
Allegra Scholler irá descobrir isso de uma forma dura e terá que fazer escolhas que, para ela, serão mais do que dificeis . Irá contra tudo que ela é e contra o seu dom. __________________________________ Notas Iniciais / Disclaimer: Disclaimer
Esta estória me veio à mente por ser uma pessoa que tem a dificuldade de fazer amigos. Às vezes me sinto invisível.
A idéia é minha, os personagens também e duvido que alguém irá querer plagiar... Entretanto se isso passar pela cabeça de alguém me peça a permissão para adaptá-la ao seu modo.
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Este capítulo é algo que ainda vai acontecer . Aconselho a acompanhar a estória entender. __________________________________
O calor está sufocante e a areia quente e pesada dificulta ainda mais meu caminhar.
As rachaduras em meus lábios ardem suplicando por um pouco de água assim como todo meu corpo, porém esse é um luxo que não disponho a todo o momento. Só me resta a ultima garrafa já aberta pela manhã para um gole de desjejum.
Tropeço devido ao cansaço que me assola há muito tempo e acabo por cair em meio a milhares de grânulos escaldantes que grudam em meu rosto. Queria poder deixar toda minha frustração sair junto às lágrimas que meu seco ser deseja derramar, porém até isso me foi tirado. Até esse preciso líquido que demonstra a maioria dos sentimentos deixou-me sozinha em minha jornada.
Não me lembro há quantos dias estou perdida neste deserto a procura de alguém que desconheço. Parece que quanto mais me arrasto a procura dele mais ele se afasta. Deve ser por causa do meu “dom” talvez... Mas se o dele é o contrário do meu já era para eu tê-lo encontrado.
O assovio fraco que invade meus ouvidos anuncia mais uma tempestade de areia. Não tenho onde me proteger então não tenho motivo para me levantar. Só me resta relaxar o corpo e deixar que aqui seja meu túmulo certa que fiz o possível para alcançar o objetivo. De certo também pensarão assim.
De olhos fechados levanto o rosto para a última respiração. Inspiro profundamente enchendo os pulmões do oxigênio rarefeito causando o ardor dento de mim. Estou próxima do fim.
Com dificuldade abro os olhos para ver o lugar que será meu descanso eterno. Não que ainda não esteja gravado em minha mente a cor variante de coral e marrom que me cerca por todos os lados ou as dunas dançantes a imposição do vento. Quero olhar a imensidão do céu nesta tarde que se finda. Procurar a primeira estrela para pedir proteção a quem era meu dever encontrar.
Olhando para toda extensão celeste a minha frente vejo no horizonte o vulto caminhando de encontro a mim. O anjo negro da morte vem de encontro a mim em uma miragem.
Caminhando a passos cansados mais parece que se arrasta assim como eu há alguns minutos, mas ele persiste, insiste em ir adiante, não desiste até estar a alguns metros de mim e então para como se desacreditasse do que está vendo.
Sinto o vento da tempestade em minhas costas me avisando que está chegando como um cão traiçoeiro e o ser a minha frente olha além de mim pressentindo o perigo.
Para minha surpresa ele não dá meia volta e foge daquilo que seria o seu algoz também, ele corre de maneira desenfreada na minha direção buscando força Deus sabe de onde. Caindo e levantando como se sua vida dependesse disso.
Então ele cai exausto a poucos passos de onde estou e fica estático por alguns segundos. Posso ver se respira com muita dificuldade, até que seu corpo relaxa após um suspiro. Ele está morto.
Aquelas que provavelmente seriam o resquício de água em mim resolvem aparecer e sair pelos meus olhos. Minha visão fica turva pelas lágrimas e areia fina que é trazida pelo vento cortante, porém não me impede de ver, em seu ultimo esforço o rapaz a minha frente, levantar o braço e jogá-lo em minha direção. Tentando me alcançar a todo custo ele se estica o máximo que pode.
Cresce dentro de mim a vontade de fazer o mesmo, de tocá-lo, de senti-lo. É inevitável não prosseguir e dar vazão aquele sentimento, entretanto nem com toda extensão do meu corpo consigo chegar até ele.
A tempestade fica mais forte, uivando ensurdecedoramente, mostrando que está muito perto. Levanto-me, porém sou lançada ao chão como estivesse embriaga. Ao menos estou mais perto daquele que faz com o que o desejo de me aproximar só aumente e tento em vão alcançá-lo.
Já é tarde demais. A tempestade está aos meus pés, mas ele mantém os dedos trêmulos levantados no ar me dando o apoio para continuar.
Por fim ele levanta um pouco a cabeça. Só consigo visualizar as duas tanzanitas olhando-me nos olhos por baixo daquele capuz preto.
— Duque? — pergunto sem ter certeza que ele consegue me ouvir.
É a única palavra que consigo pronunciar antes do fim.
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