P.D.V. Laiza

Depois de conversar com Edward fui procurar Jacob e Anne. Quando os achei quase não acreditei no que vi. Anne estava nos braços de Jack, eles se beijavam intensamente, como se nada mais importasse. Eu não quis atrapalhar, então dei meia volta e me aproximei novamente do local onde encontravam-se as barracas. Nam inha conversa com Edward não comentei o fato de saber seu maior segredo, primeiro queria avalia-lo, saber se era verdade e se não era apenas um sonho maluco. Mas eu precisava confronta-lo para ter completa certeza.

Quando percebi ele se aproximava de mim, com aquele sorriso torto que me alegrava espontaneamente.

–Edward, eu sei!- ele franziu o a testa.

–O que você sabe?

–-Aquilo que você queria me esconder.

–-O que eu queria te esconder? – ele só podia estar brincando comigo.

–O que você é!

–E o que eu sou Laiza?

–Um vampiro.

Vi seus olhos dourados passarem a ser pretos e seu rosto empalidecer mais ainda.

Ele me pegou rapidamente. Começou a andar e quando viu que não adiantaria ele me puxar pois eu não andava tão rápido quando ele, me jogou em suas costas e correu em direção a floresta que rodeava a praia. Eu estava começando a ficar enjoada quando ele me pôs a seu lado segurando em minha cintura. Foi só ai que percebi que estávamos em cima de uma enorme árvore, acho que estávamos no galho mais alto dela.

–Viu o que eu posso fazer? – ele estava com a voz ríspida. -Eu posso correr mais que você, pular mais que você, eu posso até te esmagar com um aperto só- ele apertou-me mais contra seu corpo. –Eu posso te matar Laiza com só uma mão. Você não está com medo?- ele me encarou.

–Não... - disse calmamente olhando em seus olhos que voltavam a ficar dourados.

–Você está!- ele gritou.

–Não estou Edward!

–Por que você não tem medo de mim?- ele segurou meus ombros agora, olhando fixamente em meus olhos.

–Por que eu sei que você não vai me machucar.

Ele me agarrou novamente nos jogando do alto daquela árvore. Caímos intactos no chão. Estávamos sozinhos em uma floresta escura a noite, eu deveria estar com medo, mas não estava, Edward me transmitia uma confiança e tranquilidade, mesmo fazendo meu coração acelerar ao vê-lo.

Ele me pôs eu suas costas novamente e começo a subir em outra árvore. Em pequenos e graciosos saltos ele escalava aquelas imensas árvores. Sentou-me em um galho em no alto e se acomodou ao meu lado. Percebi que era lindo olhar para o céu dali. Podia ver as estrelas que pouco apareciam naquela região chuvosa.

Ele me fitava curioso.

–Faz um tempo que prometi a mim mesmo não me deixar envolver com mulher alguma, não queria perder o controle com ninguém. Decidi que era melhor assim, mas o destino me contrariou quando te vi pela primeira vez. Ele passou os dedos gélidos em meu rosto e acariciava minhas maçãs que consequentemente estavam rosadas.

–A cada dia é mais difícil ficar longe de você, no início tentei evitar isso para seu próprio bem, mas você se tornou minha própria vida. Não quero que nada de mal aconteça com você por isso acho que seria melhor se você ficasse longe de mim e de minha família.

–Edward, eu não tenho medo de vocês, eu sinto que não vão me fazer nada de mal. Tá, tudo bem, eu sei o que aconteceu com Bella e tal, mas não vai acontecer comigo até por que não estou apaixonada por Emmett e sim...

Eu não tinha plena certeza, então me calei. Mas a vontade de confortá-lo era imensa.

–É eu sei que não está apaixonada... Por ele, mas mesmo assim temo por você principalmente agora que ...

–Que...?

–Nada não, deixa quieto.

Então notei o como estava tarde, e nem tinha avisado a Anne e Jack.

–Edward preciso voltar, está tarde e Anne não sabe onde estou.

–Tudo bem, só peço que tome cuidado! Está acontecendo coisas estranhas em Forks. E cuido com Damon Salvatore!

–O que Damon pode fazer de mal para mim?

–Eu não sei se você sabe, mas Damon também é vampiro.

Eu não estava acreditando! Será que a única família que não era vampira ali era a minha?

– E ele se alimenta de sangue humano?

–Ele diz que se alimentam de sangue animal, mas depois que chegaram aqui que começaram a acontecer esse tipos de coisa.

–Mas ele parece ser uma boa pessoa.

–Talvez ele seja.

Edward me levou em suas costas para a praia.

Edward parou um instante.

–O que houve?

–Tenho que procurar Alice, depois conversamos.

–Tá, até mais.

Ele se foi e vi Anne e Jack vindo ao meu encontro.

–Garota! Onde você se enfiou? Estávamos te procurando feito doidos.-falou a minha mão, pois era isso que ela parecia quando estava brava.

–Estávamos preocupados Laiza, você não deve andar sozinha por aí!

–Tá, já estou aqui e estou bem ,deu.

–Vou lá conversar com uns meninos da reserva e pegar algo para comermos. Já volto aqui.

Jacob se foi, e nós nos sentamos na areia.

–Vocês estão juntos?- perguntei apontando para Jacob.

–Sim- ela irradiava felicidade- Foi tão bom o seu beijo, o seu abraço, o seu carinho, poxa o Jacob é quente que nem um inferno!

Ri de sua expressão.

–Que bom que vocês estão felizes. Você sabe que Jacob é um cara super legal, e ele sim merece você!

–É, eu sei, mas me conta, onde você estava? E com quem?

Eu odiava esconder algo de Anne, ela é minha melhor amiga e talvez poderia me ajudar a descobrir se o que sinto é amor ou não. Mas como dizer a ela que eu gostava de um vampiro? Eu até poderia contar mas... não é a melhor hora.

–Eu estava andando por aí e encontrei Edward!

–Hum... sabia que ele tinha a ver com seu silêncio.

–Silêncio?

–Sim, você está tão distante, tão calada desde que te encontrei, Laiza eu te conheço a muito tempo e sei quando você está escondendo algo de mim.

É ela sabia mesmo.

–Anne, você acredita em coisas sobrenaturais?

–Hãn? Que tipo de sobrenatural?

–Sei lá, vampiros por exemplo!

–Não, quero dizer, sei lá, você me vem com cada pergunta. Você anda lendo muito livro de ficção científica. -ela zombou de mim.

–Não leio não! Só queria saber o que você pensa sobre isso.

Já fazia um tempo que Jack tinha ido. Anne olhava na direção que ele foi de minuto em minuto, então ela recebeu uma mensagem . Me enclinei o suficiente para poder ler.

``Vem cá? Quero te apresentar a um amigo!´´

Anne levantou-se.

–Vamos procurar Jack?

–Vai lá, eu vou ficar mais um pouco aqui.

Queria ficar sozinha, só eu e meus pensamentos.

–Tá mas não some!

Ela saiu correndo pela areia. Eu estava arrepiado de frio, a brisa que vinha do mar mesmo fria era muito gostosa, fiquei de olhos fechados só a sentindo.

–Oi!- falou uma voz grave e sedutora. Assustada olhei a procura do dono daquela voz. Vi Damon de pé a me olhar. Ele vestia uma camiseta preta com listrar brancas, uma calça jeans e um tênis da Nike.

–Ei, você me assustou!- me encolhi com o vento que soprou. Ele me jogou a jaqueta preta de couro que trazia embaixo do braço.

–Ah- eu iria agradecer e devolvê-la, Edward tinha me recomendado a ficar longe dele, mas eu estava com muito frio mesmo- Obrigado- e a vesti.

–O que uma linda menina está fazendo sozinha, sentada a noite nas areias de uma praia?

–Pensando na vida- sorri.

–Então vejo aqui uma pensadora?- perguntou ele sarcasticamente.

–Sim... Senta aí.- Apontei para a areia no meu lado.

Ele sentou-se bem próximo a mim, tocando seu braço musculoso no meu.

–Então, você está gostando da fria e úmida Forks?

–É, digamos que não é tão ruim como eu pensei que fosse.

Rimos juntos. Ele era incrivelmente lindo. Ele era moreno claro, com cabelos negros e olhos azuis, predominava seu jeito badboy, com um corpo atlético e incrivelmente sedutor com seus músculos definidos.

–E você? Faz muito tempo que está aqui?

–Não... cheguei ano passado aqui, eu e meu irmão viemos da Itália para Forks.

–Você tem um irmão então!

–Sim, Stefan! Mas e você e o Cullen estão namorando?

Ele encarou o mar.

–Não! Por que pensa isso?

–É que vi vocês dois saindo da floresta juntos e pensei que... sei lá né...

–Não estamos namorando!

Ele sorriu ao me olhar.

–Que bom!

–Hãn?

–É que assim posso fazer uma coisa.

–O que?

Ele agarrou minha cintura com suas mãos, me beijou ferozmente, nesse momento relaxei e esqueci do mundo. Ele pôs a mão por baixo de sua jaqueta, e me beijava carinhosamente agora, apaixonadamente impulsionou seu corpo contra o meu, me deitando na areia, e ficando por cima de mim. Parou de me beijar e esperou eu recuperar o fôlego.

Eu estava um pouco assustada, apesar de ter gostado.

–Desculpe por agir assim, mas não consigo me controlar quando estou perto de você.

–Você tem costume de sair agarrando todo mundo assim?- perguntei ainda ofegante tentando me desvencilhar de sues braços.

–Apenas mulheres lindas. E que me chamam a atenção assim como você!

–Não faz mais isso !- falei lhe entregando sua jaqueta que não precisava mais, limpei minha roupa e me levantei.

–Por que? O que você vai fazer se eu beijá-la de novo?

Ele se aproximou com seu sorriso sarcástico.

–Eu... é vou...

Eu não sabia o que iria fazer e admito que tinha gostado.

–Você não vai fazer nada!

–Vou gritar.

Ele me pegou em seus braços me deixando sem reação. Me beijou, dessa vez com delicadeza. Estávamos nos beijando na beira do mar, com a brisa batendo em nossos corpos, a luz do luar.

Eu nunca tinha sentido aquela vontade louca de esquecer o mundo e ficar para sempre nos braços de alguém. O que está acontecendo comigo? Uma hora eu quero uma coisa e na outra a esqueço completamente. Ele deu uma pausa no beijo e ficou a me olhar com aqueles lindos olhos azuis.

–Vamos lá à fogueira junto com a galera?

–Não!- ele se afastou- quero dizer, não posso tenho que encontrar Anne!

Ele soltou-me e quando virei as costas me puxou pelo braço me dando um beijo rápido mas que já quase me tirou a coragem de fugir dali.